A análise técnica ou gráfica é cada vez mais aceita pelos investidores, não só profissionais, mas também amadores, que buscam a bolsa de valores como um mecanismo para formação de patrimônio no curto, médio ou longo prazo.
Essa preferência é devida à simplicidade no uso da técnica: com apenas um gráfico, é possível identificar tendências de oferta e demanda, com base em padrões já estudados, para tomar decisões independentes sobre a compra, venda ou manutenção de um ativo.
Em síntese, a análise gráfica se baseia no comportamento dos investidores sobre um ativo em um período histórico e não no ativo em si; ela liberta o investidor, em especial o pequeno e o médio, da necessidade de anos de acúmulo de conhecimentos sofisticados sobre finanças e estruturas corporativas para operar no mercado financeiro. Esta característica torna a análise gráfica apreciada por pessoas com trajetórias profissionais distintas à financeira, como médicos, psicólogos, advogados, etc.
Nos cursos que promovo, observei que as duas maiores dificuldades de um iniciante são: o desenvolvimento da sua capacidade de analisar, interpretar os gráficos e registrá-los em suas operações; e a determinação e manutenção de metodologias operacionais ante a grande variedade de técnicas disponíveis para análise.
Nestas situações, costumo comparar o uso de técnicas de análise gráfica ao uso de um martelo: uma pessoa pode usá-lo para pregar pregos em uma parede ou para abrir uma lata de sardinhas.
O martelo vai fazer os dois, mas o resultado dos pregos na parede será bem melhor que um monte de sardinhas esmagadas...